segunda-feira, 17 de novembro de 2008

A gestão de excelência e seu modelo ideal de gerente: o “super gerente” versus a prática social

No final dos anos 60 ocorreram algumas mudanças como: crise do dólar, aumento da inflação, elevação das taxas de juros, saturação de mercado de certos bens de consumo, e essas mudanças levaram a crise do sistema FORDISTA.

Essa crise gerou uma grande competitividade internacional, o que cevou a uma reestruturação da organização com:

1-Redução de tempos de projetos e fabricação de produtos;

2-Substituição da mão-de-obra pela automação;

3-Racionalização organizacional que traz enxugamento das estruturas empresariais.

A partir daí surgem Novas Tecnologias de Gestão, de onde surge a Gestão de Excelência.Gestão de Excelência é um modelo capaz de conter, um conjunto de preceitos necessários ao alcance do sucesso competitivo das organizações produtivas.



Características das Novas Tecnologias de Gestão:

* Qualidade total
* Gestão democrática
* Defeito zero
* Multiqualificação do trabalhador
* Polivalência
* Redução de estoques



Características de empresas inovadoras e excelentes:

* Determinação para a experimentação constante do nivo
* Proximidade junto ao cliente
* Busca da autonomia e do espírito empreendedor dos líderes e demais membros organizacionais
* Compromisso com valores organizacionais e resultados esperados
* Estruturas organizacionais enxutas e simples
* Equilíbrio entre centralização e descentralização



OBS: Parte da Talita Bandeira





Não há como se alcançar resultados “excelentes” nas organizações sem conceber-se :

* A gestão como questão social; tanto as estruturas sociais condicionam as ações humanas, como essas últimas podem transformá-las, redefinindo novos conjuntos de regulamentos sociais;
* A Excelência existe como resultado de processos dinâmicos e complexos entre as organizações e seus entornos institucionais externos; bem como entre elas e seus atores internos-conjuntos diversificados de praticas sociais
* Gerentes não podem ser concebidos como lideres inatos, prontos para atuar em defesa dos negócios empresariais;
* Gestão e constituída de praticas sociais, envolvendo utilização de regras e recursos; a aceitação dessa condição é imprescindível
* O gerente para se tornar um líder necessita:

1- ter sensibilidade para identificar e compreender significados de práticas sociais existentes em uma organização;

2- redefinir novas e possíveis conjugações de praticas e significados que possam estar em sintonia com pressuspostos da Excelência, bem como qualquer outro modelo de gestão que se queira implantar em uma organização.


OBS: Paste da Mariana Sandoval



· O trabalho gerencial não pode ser tomado livre de sua natureza interdependente, contextual, mutável, não-padronizada e dinâmica



O tipo de gerente ideal preconizado por meio de modelos gestão, como o da excelência, é muito mais que um “folclore”, pois ação no mundo empírico é construída socialmente e decorrente da junção de fatores institucionais e organizacionais.





CONSIDERAÇÕES FINAIS



· “Prática social” como capaz de preencher lacunas importantes nos conceitos de gestão e na ação gerencial;

· a noção da prática social permite desmistificar o folclore

dos “super heróis” organizacionais, à medida em que permite enxergar os cenários organizacionais como dotados de significados diversos, produto da ação de seus atores.

· A noção da prática social permite ainda assinalar-se que a ação gerencial embora refletindo estruturas institucionalizadas, não exclusivamente determinadas por essas últimas, pois por meio de suas próprias ações os gestores podem mudar aquelas mesmas estruturas;

· Essa noção torna-se valiosa mais valiosa, tendo em vista o contexto de mudanças pelo qual passam as organizações contemporâneas, assoladas por modelos de gestão que trazem embutidos em seus pressupostos, receituários sobre como tornar aquelas últimas mais produtivas;

· Da assimilação da gestão organizacional como prática social pode-se enfim construir, de “fato”, um futuro com mais excelência.

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