segunda-feira, 27 de outubro de 2008

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

O Processo (Franz Kafka) [2]

MUITO ALÉM DA BUROCRACIA

Considerado a obra-prima do escritor tcheco Franz Kafka, O Processo, publicado postumamente em 1925, conta a história de um homem que é processado sem saber o motivo. Aparentemente, a narrativa cria uma alegoria que pode ser entendida como uma crítica à burocracia exacerbada dos aparelhos judiciários. Entretanto, vai mais além, toca o íntimo da condição do homem, preso em si mesmo pelas leis sociais.

Ao acordar na manhã de seu trigésimo aniversário, Josef K. é surpreendido por um homem que o detém, por ordem de superiores. Logo, K. descobre que fora acusado por um crime do qual ele e os seus próprios detentores desconhecem. Tem início, então, um desgastante processo, promovido por uma justiça também desconhecida, que atua nas mais improváveis sedes, localizadas nos subúrbios de uma cidade sem nome. Josef K. passa a transitar por repartições esquisitas, lidando com os mais diversos funcionários e conhecendo outros acusados que há anos se encontram em sua mesma situação. Tudo isso na tentativa de descobrir o possível crime pelo qual está sendo acusado e tentar encontrar subsídios que possam provar a sua inocência. Mas com a quantidade de entraves burocráticos que K. encontra pela frente, tudo se torna inacessível. É como se o principal objetivo dessa justiça anônima fosse criar uma complexidade do nada para o nada, com o único objetivo de tornar as leis e a justiça impenetráveis ou inescapáveis.

Contudo, o que se pode observar é que Josef K. é um preso livre. Em nenhum momento ele é encarcerado, mas se sente de mãos atadas da primeira à última página do livro. É a sua condição enquanto homem: está preso nas leis e nas condutas morais que regem a sociedade. É como se, ao descobrir isso, Josef K. procurasse se libertar, mas de uma maneira legal, sem burlar as leis que o perseguem e tiram o seu fôlego. Todo esse esforço acaba fazendo com que ele seja esmagado pela força incomensurável dessas leis.

Outra interpretação que costuma ser difundida pelos críticos de Kafka é a da relação entre O Processo e a aversão aos judeus. Segundo essa ótica da leitura da obra kafkiana, o processo instaurado contra Josef K., por uma justiça clandestina, sem motivo aparente, seria na verdade uma metáfora às perseguições sofridas pelos judeus na Europa. Perseguição sorrateira, silenciosa. Exatamente o tipo de perseguição que Josef K. sofre. Sem grandes alardes, o protagonista se vê preso em liberdade, como se fosse constantemente observado e obrigado por si mesmo a manter cautela.

É também a partir desse ponto de vista que se pode sugerir a ligação mais íntima entre autor e personagem; realidade e ficção - já que Kafka era judeu. Além disso, K. é a inicial do nome de Kafka e também é a forma mais corrente com que o protagonista é mencionado no livro. É até óbvio fazer a ligação entre Josef K. e Franz Kafka. Parece muito simples assegurar que é o próprio Kafka que está fielmente ali, descrito das páginas de O Processo. Porém, como já foi dito acima, a impossibilidade de se encontrar as intenções do autor parecem evidentes. O máximo que se pode fazer a esse respeito é especular, é supor. O que de maneira nenhuma é um incômodo, pelo contrário, parece ser mais um desafio, um estimulo à imaginação. É um dos pontos que podem ser considerados como responsáveis por tornar a Literatura tão grandiosa, poderosa.

Quanto à linguagem, pode-se dizer que O Processo é um romance extremamente burocrático. Essa parece ter sido uma das preocupações de Kafka: construir um texto travado como a justiça que Josef. K. tem que enfrentar. Um texto que precisa de paciência e dedicação para ser lido, cheio de detalhes e minúcias. Porém, de maneira nenhuma ele se torna chato ou desinteressante. Essa linguagem atende mais a uma questão estética do texto mesmo, é como se Kafka quisesse fazer o seu leitor sentir a mesma sensação de sufocamento que Josef K. sente ao longo da narrativa.

Além disso, é constante a presença de um tom irônico que dá certa comicidade ao texto. Um sarcasmo inteligente que é acentuado pela presença de elementos surrealistas. Surrealismo que aparece em várias cenas, como por exemplo, em uma passagem em que Josef K. encontra seus detentores sendo castigados embaixo de uma escada no banco em que o protagonista trabalha. É quase uma cena bizarra, a sua improbabilidade rompe com a lógica. Aliás, romper com a lógica parece ser bastante comum em Kafka. Não que isso seja ruim, pelo contrário, a irrealidade criada pelo autor dialoga perfeitamente bem com a realidade cotidiana, tanto que o leitor, muitas vezes, pode ter a sensação de que os aspectos surreais com que se deparam na leitura são naturais e possíveis.

O livro inteiro é marcado pela presença de uma força esmagadora que pressiona protagonista e leitor. Kafka consegue fazer com que o leitor sinta, simultaneamente, o mesmo sufocamento de sua personagem. A tensão da narrativa é carregada, assim como a atmosfera abafada dos ambientes idealizados, que fazem o protagonista e o leitor suarem. A mesma agonia que Josef K. sente ao percorrer com suas pernas os espaços sujos, velhos e amarelados que servem de cenários à narrativa, pode ser sentida também pelo leitor, quando este percorre com os olhos os mesmos espaços.

O texto de Kafka é, antes de tudo, uma obra de arte esclarecida e inteligente. Ao contrário de sua protagonista, O Processo não está encarcerado em liberdade, não se limita ao que está explicitamente escrito. É um livro que vai além, propondo leituras distintas.

http://www.oslivrosquejali.blogger.com.br/


sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Externalidades - Conceitos

Externalidades Negativas
Conseqüência negativa para a sociedade gerada pela produção de um bem.

Externalidades Positivas
Conseqüências Positivas para os agentes que não estão envolvidos no circuito produtivo.

As externalidades negativas fazem com que os mercados produzam uma quantidade MAIOR do que a socialmente desejável. As Externalidades positivas fazem com que os mercados produzam uma quantidade MENOR do que a socialmente desejável. Para solucionar esse problema o governo pode internalizar a externalidade tributando bens que trazem externalidades negativas e subsidiando os bens que trazem externalidades positivas.

Soluções Privadas para as Externalidades

O problema das externalidade é resolvido com códigos morais e sansões sociais;

Instituições filantrópicas (pelo senso comum instituições filantrópicas são aquelas que se dedicam à prestação de serviços de caráter assistencial e direto às populações em estado de exclusão social);

E pelo teorema de Coase: De acordo com o teorema de Coase, se os agentes provados puderem negociar sem custos a alocação de recursos, então o mercado sempre solucionará o problema das externalidades e alocará recursos com eficiência, ou seja, os agentes econômicos privados podem solucionar o problema das externalidades entre si. Qualquer que seja a distribuição inicial dos direitos, as partes interessadas sempre podem chegar a um acordo no qual todos fiquem numa situação melhor e o resultado seja eficiente.

As soluções privadas nem sempre funcionam, o teorema de Coase só explica quando as partes não tem dificuldades para chegar a um acordo e o aplicar. No mundo, no entanto, a negociação nem sempre funciona, mesmo quando há a possibilidade de se chegar a um acordo mutuamente benéfico. As vezes, as partes não conseguem resolver um problema de externalidade por causa dos CUSTOS DE TRANSAÇÃO, os custos que as partes têm na negociação e implementação do acordo (exemplo: custos com advogados). Quando a negociação provada não funciona, o governo pode interferir e desempenhar seu papel agindo em nome da coletividade.

Políticas Públicas para externalidades:

Regulamentação:
O governo pode solucionar uma externalidade tornando obrigatórios ou proibidos determinados comportamentos.

Impostos ou Subsídios de Pigou: Em vez de regulamentar o comportamento em resposta a uma externalidade o governo pode usar políticas baseadas no mercado para alinhar incentivos provados com eficiência social.

Os economistas costumam preferir os impostos de pigou à regumentação como maneira de lidar com a poluição porque esses impostos podem reduzir a poluição a um custo menor para a sociedade.

A razão pelo qual os economistas prefeririam o imposto é o fato de que ele reduz a poluição mais eficientemente. O regulamento exige que as duas fábricas reduzam a poluição na mesma quantidade, mas uma redução uniforme não é necessariamente a forma menos dispendiosa de limpar a poluição. É possível que uma fábrica consiga reduzir a poluição a um custo menor que a outra fábrica. Neste caso, a primeira reagiria ao imposto reduzindo sua poluição para evitá-lo, enquanto a outra reagiria reduzindo menos a poluição e pagando o imposto.

Os economistas argumentam ainda que os impostos de pigou são melhores para o meio ambiente. Sob uma política de regulamentação de comando e controle, as fábricas não teriam motivos para reduzir as emissões uma vez que atingido a meta estabelecida pela regulamentação. Já o imposto dá às fábricas um incentivo para desenvolver tecnologias com nível de poluição menores porque reduzem o montante de impostos que as fábricas devem pagar.

Os impostos de pigou são os incentivos corretos para a presença de externalidades, e, portanto, deslocam a alocação de recursos para mais perto do ótimo social, assim, os impostos de Pigou, ao mesmo tempo que arrecadam receita para o governo, aumentam a eficiência econômica

Externalidades

Antonio de Oliveira Marques
Economista e aluno do Mestrado Profissionalizante Interinstitucional em Economia PPGE/UFRGS/UFRR

As externalidades são atividades que envolvem a imposição involuntária de custos (externalidades negativas) ou de benefícios (externalidades positivas) sobre terceiros, sem que estes tenham oportunidade de impedir, sem que tenham a obrigação de pagar ou que tenham o direito de serem indenizados.

Segundo Mankiw, de maneira bem resumida, a externalidade é “o impacto das ações de uma pessoa sobre o bem-estar de outras que não tomam parte da ação” (2007, p. 204). Uma característica intrínseca das externalidades é a de serem bens/serviços que são valorizados pelas pessoas, mas não são negociados no mercado.

Quando o custo social da ação excede o custo privado, ocorre uma externalidade negativa. E quando os benefícios sociais são maiores que os benefícios privados, ocorre o que chamamos de externalidade positiva. No quadro abaixo exemplificamos algumas externalidades positivas e negativas.

Externalidades positivas
Externalidades negativas
  • Um progresso científico
  • Poluição das águas
  • Educação
  • Trânsito congestionado
  • Uma propriedade vizinha bem conservada, que faz subir o valor de mercado da nossa.
  • Subida nos prêmios de seguro devido ao consumo de álcool ou cigarro por parte dos outros participantes
  • Melhores hábitos ao volante, que reduzem os riscos de acidentes.
  • Festas barulhentas na vizinhança
 

Quadro 1 – Exemplos de externalidades positivas e negativas

Uma economia baseada no sistema de mercado regula as relações entre os agentes econômicos através do sistema de preços para atingir o equilíbrio. Na presença de externalidades, este mecanismo não funciona e o equilíbrio não é atingido. Esse desequilíbrio causa ineficiência, o que faz com que os mercados aloquem de forma ineficiente os recursos disponíveis.

As externalidades identificam um tipo de falha de mercado, que normalmente ocorrem devido à inexistência de direitos de propriedade sobre os recursos. Os direitos de propriedade definem quem possui o direito de utilizar os recursos.

Apesar dos recursos serem escassos e possuírem usos alternativos, os indivíduos apenas os considerarão recursos se tiverem de pagar pela sua utilização. Quando ocorre uma externalidade, não se paga pela sua utilização, por isso não será considerado como recurso.

Para eliminar as externalidades podemos adotar as soluções públicas ou soluções privadas. As soluções têm como objetivo elevar a alocação de recursos o mais próximo do ótimo social. Na figura abaixo podemos observar as opções para eliminar as externalidades.


As soluções privadas podem ocorrer através de códigos morais, das instituições filantrópicas ou através de interesse das partes envolvidas. Para alguns casos a solução ocorre através de várias formas de negociação. Para o economista Ronald Coase, o mercado privado pode ser bastante eficaz em algumas circunstâncias. Segundo o teorema de Coase, se os agentes econômicos privados puderem negociar sem custo a alocação de recursos, o mercado privado sempre solucionará o problema das externalidades e alocará recursos com eficiência.

Dentro das soluções privadas, quando não é possível solucionar o problema das externalidades via negociação, torna-se necessário recorrer aos tribunais, que concede o direito de propriedade a uma das partes e obriga a outra a negociar com a parte detentora de direitos. Nem sempre as soluções privadas conseguem eliminar as externalidades, pois em alguns casos, para a efetivação da negociação, as partes incorrem em custos durante o processo (custos de transação).

Quando não é possível eliminar as externalidades através das soluções privadas, o governo pode tentar resolver isso através de políticas de comando e controle ou políticas baseadas no mercado. Uma solução baseada no comando e controle é a regulamentação, que torna obrigatório ou proibidos determinados tipos de comportamento.

As soluções de políticas baseadas no mercado são os impostos e subsídios de Pigou e as licenças negociáveis. O imposto de Pigou refere-se à tributação instituída pelo governo para corrigir os efeitos de uma externalidade negativa, de maneira que os agentes econômicos levem em consideração os efeitos externos de suas ações (internalização de uma externalidade). Outra solução é a utilização das licenças negociáveis, que limita a quantidade de licenças disponíveis para determinada atividade estabelecendo um limite de geração de externalidade, que pode ser negociado no mercado.

Referência Bibliográfica
MANKIW, Gregory N. Introdução à Economia. 1. ed., 3. reimpr. Thomson Learning: São Paulo, 2007.

Resumo Retirado do site:

http://www.ufrr.br/coordenadoria-de-imprensa/artigos/externalidades

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Humor de Segunda

Para que o blog não fique com apenas matéria dadas em sala de aula estamos criando uma área para descontração. O nome dessa área é "HUMOR DE SEGUNDA" onde toda segunda-feira espero poder postar algo engraçado e de preferência inteligente e que tenham haver com o nosso cotidiano, como charges, fotos, montagens, textos, vídeos e etc.

Contamos com a colaboração de vocês... Mandem para nós não só seus resumos, mas também seu "Humor de Segunda".

Desde já agradecemos.



quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Montesquieu



Montesquieu

Montesquieu elaborou uma teoria política, que apareceu na sua obra mais famosa, o O Espírito das Leis (L'Esprit des lois, 1748), inspirada em John Locke e no seu estudo das instituições políticas inglesas. É uma obra volumosa, dividida em 6 partes, cada qual em vários livros, composta de muitos capítulos. Nela, ele discute a respeito das instituições e das leis, e busca compreender as diversas legislações existentes em diferentes lugares e épocas. Esta obra inspirou os redatores da Constituição de 1791 e tornou-se na fonte das doutrinas constitucionais liberais, que repousam na separação dos poderes legislativo, executivo e judiciário.

A pertinência das observações e a preocupação com o método permitem encontrar no seu trabalho elementos que prenunciam uma análise sociológica. Eis algumas das principais ideias de Montesquieu expressas nesta obra tão importante:
As leis escritas ou não, que governam os povos, não são fruto do capricho ou do arbítrio de quem legisla. Ao contrário, decorrem da realidade social e da História concreta própria ao povo considerado. Não existem leis justas ou injustas. O que existe são leis mais ou menos adequadas a um determinado povo e a uma determinada circunstância de época ou lugar. O autor procura estabelecer a relação das leis com as sociedades, ou ainda, com o espírito dessas.

O que Montesquieu descreve como espírito geral de uma sociedade aparece como resultante de causas físicas (o clima), causas morais (costumes, religião...) e das máximas de um governo (ARON, R.). Modernamente, seria o que chamamos vulgarmente de uma identidade nacional que se constitui conforme os fatores citados acima.

As máximas anteriormente descritas dizem respeito aos, segundo o próprio autor, tipos e conceitos que dariam conta daquilo que as causas não abrangem. Seriam por conseguinte o princípio (o que põe os governos em movimento, o princípio motor em linguagem filosófica, constituído pelas paixões e necessidades dos homens) e a natureza (aquilo que faz um governo ser o que é, determinado pela quantidade daqueles que detêm a soberania) de um governo.

Segundo estas duas características fundamentais de um governo, Montesquieu distingue três formas de governo:
Monarquia - soberania nas mãos de uma só pessoa (o monarca) segundo leis positivas e o seu princípio é a honra;
Despotismo - soberania nas mãos de uma só pessoa (o déspota) segundo a vontade deste e o seu princípio é o medo;
República - a soberania está nas mãos de muitos (de todos = democracia, ou de alguns = aristocracia) e o seu princípio motor é a virtude; 
República Ideal - mesclando o conceito de república democrática e aristocrática com a existência de uma monarquia, Montesquieu considera o governo da Grã-Bretanha como ideal.

Apesar de ser muito influenciado pelos clássicos (notadamente Aristóteles), o seu esquema de governos é diferente destes últimos. Montesquieu, ao considerar a democracia e a aristocracia um mesmo tipo (agrupados na república) e ao falar de despotismo como um tipo em si e não a corrupção de outro (neste caso, da monarquia), mostra-se mais preocupado com a forma com que será exercido o poder: se é exercido segundo leis ou não.

Para Montesquieu, a forma republicana de governo só seria viável em regiões pequenas, como as cidades gregas da Antiguidade e as cidades italianas da Idade Média. Para os grandes Estados, só seria possível o despotismo e as monarquias. Ele simpatizava com a monarquia constitucional (liberal) à moda inglesa, e foi a partir de uma viagem à Inglaterra que ele elaborou a sua teoria da separação dos poderes.

Ao procurar descobrir as relações que as leis têm com a natureza e o princípio de cada governo, Montesquieu desenvolve uma alentada teoria de governo que alimenta as ideias fecundas do constitucionalismo, pelo qual se busca distribuir a autoridade por meios legais, de modo a evitar a violência e o abuso de poder de alguns. Tais ideias se encaminham para uma melhor definição da separação dos poderes, ainda hoje uma das pedras angulares do exercicio do poder democrático. Montesquieu admirava a constituição inglesa, mesmo sem compreendê-la completamente, e descreveu cuidadosamente a separação dos poderes em Executivo, Judiciário e Legislativo, trabalho que influenciou os elaboradores da Constituição dos Estados Unidos da América.

O Executivo seria exercido por um rei, com direito de veto sobre as decisões do parlamento. O poder judiciário não era único, porque os nobres não poderiam ser julgados por tribunais populares, mas só por tribunais de nobres; portanto Montesquieu não defende a igualdade de todos perante a lei. O poder legislativo, convocado pelo executivo, deveria ser separado em duas casas: o corpo dos comuns, composto pelos representantes do povo, e o corpo dos nobres, formado por nobres, hereditário e com a faculdade de impedir (vetar) as decisões do corpo dos comuns. Essas duas casas teriam assembléias e deliberações separadas, assim como interesses e opiniões independentes. Refletindo sobre o abuso do poder real, Montesquieu conclui que "é preciso que o poder limite o poder" daí a necessidade de cada poder manter-se autônomo e constituído por pessoas e grupos diferentes.

É bem verdade que a proposta da divisão dos poderes ainda não se encontra em Montesquieu com a força que costumou-se posteriormente a atribuir-lhe. Em outras passagens de sua obra, ele não defende uma separação tão rígida, pois o que ele pretendia de fato era realçar a relação de forças e a necessidade de equilíbrio e harmonia entre os três poderes.

Montesquieu não era um revolucionário. Sua opção social ainda era por sua classe de origem, a nobreza. Ele sonhava apenas com a limitação do poder absoluto dos reis, pois era um conservador, que queria a restauração das monarquias medievais e o poder do Estado nas mãos da nobreza. As convicções de Montesquieu refletem-se à sua classe e portanto o aproximam dos ideais de uma aristocracia liberal. Ou seja, ele critica toda a forma de despotismo, mas não aprecia a ideia de o povo assumir o poder. A sua crítica, no entanto, serviu para desencadear a Revolução Americana e instaurar a república burguesa.


Das leis em suas relações com os diversos seres

A lei é natural dos seres, própria deles. A lei deriva da natureza das coisas e não do arbítrio (vontade) de um, qual seja a crítica ao sistema hobbesiano. É em virtude disso que devemos ter em mente que o barão de Breté (ou de La Bredé? ou de La Brède?) foi sem dúvida um dos pensadores mais renomados e um articulador de idéias ricas de esplendor e princípios éticos e morais embasados no cotidiano de sua época, e com conhecimentos úteis para o tempo presente. Montesquieu foi o proclamador do Direito em virtude, e com a sua formação e inteligência propôs divisões para o Direito em sua essência principal, que nada mais é que prender-se à igualdade e liberdade de cada cidadão.


Das leis da natureza
- a paz;
- impulso pela procura de alimentos;
- relação entre os sexos;
- desejo de viver em sociedade;

No estado de natureza há paz, segundo Montesquieu, pois neste estado os homens se temem e o medo os impede de se atacarem porque que cada um se sente inferior em relação ao outro. Será apenas com a constituição da sociedade que os homens perderão esse medo e se enfrentarão.
Bibliografia:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Charles_de_Montesquieu

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Como elaborar um problema de pesquisa

Para se formular um problema é necessário buscar conhecimento (literaturas, conversas) sobre o assunto escolhido.

Regras Práticas para se formular um problema científico:

a) Deve ser claro e preciso;

b) Deve ser empírico (Aquilo que deriva da experiência comum. / Coisas que as pessoas aprendem vivendo.);

c) Deve ser suscetível a solução (execução de teste possível / meios disponíveis para investigação);

d) Deve ser limitado a uma dimensão viável.

e) O problema deve ser formulado como forma de Pergunta;
SEGUE ABAIXO OS TEXTOS USADOS CASO ALGUM OUTRO GRUPO QUEIRA USÁ-LOS TAMBÉM.
Stress atinge jovens brasileiros

De cada dez adolescentes, estima-se, três são vítimas de stress. É quase a média registrada entre os adultos, de 50%. Sem tratamento, o stress pode se tornar crônico e deflagrar nos jovens doenças típicas de adultos, como hipertensão, diabetes tipo 2 e gastrite, entre outras. A avaliação do nível de stress é feita com base em escalas destinadas a adultos e crianças. "Esses métodos, no entanto, nunca contemplaram a realidade juvenil, o que induzia a erros de diagnóstico", diz a psicóloga Iracema Francisco Frade, pesquisadora da Universidade Federal de São Paulo. De acordo com Marilda Lipp, psicóloga da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC), em São Paulo, um dos um dos sintomas mais graves do stress juvenil é a insônia. Além disso, podem ocorrer também desânimo, impaciência, dores de cabeça, falta de concentração, cansaço excessivo ou entusiasmo exagerado e repentino.

Fonte:
http://www.andi.org.br/noticias/templates/clippings/template_infancia.asp?articleid=13716&zoneid=2

Jovens na mira do estresse!

O estresse está atingindo as pessoas cada vez mais cedo. Conheça as causas e as medidas para evitá-lo!

­Daniela Barbosa

A adolescência é um período marcado por bastante turbulência, grandes mudanças e conseqüentemente muito estresse.Os adolescentes têm que escolher o que farão pelo resto da vida, dar um jeito de (apesar dos interesses conflitantes) se entender com os pais, fazer um esforço danado para se encaixarem nos padrões de beleza e assim não serem excluídos, passar de ano, perder a virgindade, entre outros babados fortíssimos.

Mas o que mais faz a galera ficar superestressada é a escolha da carreira profissional. É nessa fase que o jovem mais se sente pressionado pela família e pelo próprio mercado de trabalho em relação ao futuro.

Para Letícia, de 19 anos, um fator que a vem deixando muito estressada é a escolha errada da faculdade. Ela já está no 2º ano, porém não gosta do curso e isso a prejudica muito. "Quando entrei na universidade era muito imatura e agora vejo que não é isso que eu quero para a minha vida, mas meus pais me obrigam a continuar". Letícia tem muitas dores no estômago e insônia: "Estou buscando ajuda médica, pois do que jeito que estou não vou agüentar".

Já César, de 17 anos, enfrenta uma situação muito particular: ele sabe o que quer fazer na faculdade, porém os pais não aceitam: "Todo dia tem discussão lá em casa e isso acaba me deixando muito estressado. Eles não aceitam que eu faça astronomia e ficam me jogando pra direito, administração... Não é isso que eu quero! Eles querem que eu seja infeliz pro resto da vida?".

Outro grande gerador de estresse nos jovens, principalmente nas meninas, é a busca da aparência perfeita. Já que foi instituído que para ser bonita é preciso ser magra, algumas ficam muito perturbadas e fazem loucuras para entrar numa calça 36.

Os perigos do estresse

Segundo a psicóloga Juliana Paganelli, o estresse está diretamente ligado à ansiedade, que se não controlada pode causar taquicardia, palpitações, irritabilidade, perda de memória, falta de concentração, cansaço, aumento de sono, insônia, mudanças de apetite e até depressão. Se não tratados, esses problemas podem fazer a pessoa ficar muito doente, comprometendo o bom andamento dos estudos e de um crescimento saudável.

No stress!

Para a psicóloga Fabiana Biagigo o estresse pode ser evitado, ou, ao menos, amenizado com a busca de atividades simples. Ela sugere que um adolescente estressado deva sempre: praticar exercícios físicos, reservar momentos para o lazer, realizar atividades prazerosas e principalmente conversar, sempre que possível, com os pais ou amigos a respeito das suas angústias. Essas medidas proporcionam o relaxamento e a diminuição da ansiedade.

Agora, se o estresse já está comprometendo o desempenho do jovem na realização de qualquer atividade, o quadro pode ser mais sério e é nessa hora que a ajuda do psicólogo se torna fundamental. A terapia auxilia o adolescente a compreender o que está acontecendo com ele.

Fonte: http://jovem.ig.com.br/igirl/noticia/2008/02/29/jovens_na_mira_do_estresse_1210944.html

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Abordagem Behavionista ou Comportamental

A principal preocupaão da abordagem comportamental é a motivação dos empregados, seus autores preocupavam se em enxergar a organização como um espaço no qual os individuos buscam satisfazer suas necessidades individuais.

Roos Stagner discute em sua obra os conflitos entre as empresas e sindicatos, identificando as percepções individuias como fonte de conflito.

Frederick Herzberg identificou no trabalho fatores higienicos (extrinsecos) e motivadores (intrisecos) como influenciadores do comportamento humano.

David Mc Clelland classificaou as necessidades humanas como voltadas para realização, afiliação e poder, enfatizando a importancia das necessidades adquiridas.

Abraham Maslow desenvolveu a teoria da hierarquia de necessidade, pela qual as carencias humanas eram dispostas numa hierarquia, e as suas insastifações motivariam o comportamento.

Douglas Mc Gregor distinguiu duas concepções do ser humano, a Teoria X e a teoria Y, a priemira representando os postulados classicos em administração sobre a natureza humana, e a segunda uma visão mais autorealizadora.

O economista Herbert SImom desenvolveu, como critica a concepção microeconomica da decisão dos individuos(racional e maximizadora), uma teoria da decisão que procurava levar em conta todos os aspectos que interferem nas decisões humanas. Desenvolveu o conceito de racionalidade limitada.

Em termos gerais podemos definir a racionalidade como nossa capacidade de selecionarmos "Alternativas de comportamento... d acordo com alguns sistemas de valores que permite avaliar as consequencias deste comportamento" (Podem ser valores pessoais ou organizacionais)
O processo de decisão humana , funciona em tres etapas: Planejamneto substantivo, Plan. processual e Execução.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

DRE

Demosntração do Resultado do Exercício - DRE

Esse site, tem uma tutorial que parte desde Balanço Patrimonial , até DRE, explicando passo a passo. Com exercícios resolvidos.

http://www.juliobattisti.com.br/tutoriais/rodrigosfreitas/conhecendocontabilidade018.asp

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

 O artigo 187 da Lei nº 6.404/1976 (Lei das Sociedades por Ações), instituiu a Demonstração do Resultado do Exercício.
A Demonstração do Resultado do Exercício tem como objetivo principal apresentar de forma vertical resumida o resultado apurado em relação ao conjunto de operações realizadas num determinado período, normalmente, de doze meses.
De acordo com a legislação mencionada, as empresas deverão na Demonstração do Resultado do Exercício discriminar:

- a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos;
- a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto;
- as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais;
- o lucro ou prejuízo operacional, as receitas e despesas não operacionais
- o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto;
- as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, e as contribuições para instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados;
- o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social.

 Na determinação da apuração do resultado do exercício serão computados em obediência ao princípio da competência: 

a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente de sua realização em moeda; e


b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas receitas e rendimentos.

 

MODELO DA DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

RECEITA OPERACIONAL BRUTA

Vendas de Produtos

Vendas de Mercadorias

Prestação de Serviços

(-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA 

Devoluções de Vendas 

Abatimentos 

Impostos e Contribuições Incidentes sobre Vendas 

 = RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA

(-) CUSTOS DAS VENDAS

Custo dos Produtos Vendidos 

Custo das Mercadorias

Custo dos Serviços Prestados 

 = RESULTADO OPERACIONAL BRUTO

(-) DESPESAS OPERACIONAIS 

Despesas Com Vendas

Despesas Administrativas

(-) DESPESAS FINANCEIRAS LÍQUIDAS

Despesas Financeiras

(-) Receitas Financeiras

Variações Monetárias e Cambiais Passivas

(-) Variações Monetárias e Cambiais Ativas

(-) OUTRAS RECEITAS E DESPESAS OPERACIONAIS

= RESULTADO OPERACIONAL LÍQUIDO

RESULTADOS NÃO OPERACIONAIS

Receitas Não Operacionais

Despesas Não Operacionais

= LUCRO LÍQUIDO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL E SOBRE O LUCRO

(-) Provisão para Imposto de Renda e Contribuição Social Sobre o Lucro

= LUCRO LÍQUIDO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES

(-) Participações de Administradores, Empregados, Debêntures e Partes Beneficiárias

(=) RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO

Para maiores detalhamentos, acesse o tópico http://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/clientes/comercial/demonstracaoresultado.html , no Guia Contábil On Line.

Bibliografia :

http://www.portaldecontabilidade.com.br