sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Resumo Sociologia - Karl Marx

Karl Heinrich Marx era economista e sociólogo e, por possuir algumas relações com o marxismo podia ser considerado um sociólogo marxista.

Devido ao seu envolvimento com os franceses e alemães pôs – se contra ao capitalismo defendendo a classe trabalhadora mais conhecida como proletariado, pois a burguesia criava constantemente meios de produção mais poderosos e ao mesmo tempo a distribuição de rendas e terras não aconteciam no mesmo ritmo. Isto levava o aumento de riqueza para minoria e o aumento da miséria para a maioria.

Marco das obras de Marx foi a ‘Ideologia Alemã’, em 1845, que foi uma crítica à filosofia de direito Hegel.Por ter escrito muito ele possuía uma teoria polissêmica, ou seja, não disse a mesma coisa sobre o mesmo assunto e suas obras possuíam

vários sentidos, várias maneiras de interpretação.

Através do ‘Manifesto Comunista’ ele expressa o seu apoio a luta entre classes. Acreditava que a classe trabalhadora deveria unir – se e derrubar o poder capitalista, pois com a população chegando ao poder o governo deixaria de ser o governo de poucos (Estado) sobre muitos (população) e passaria a ser o governo da maioria contra a minoria.

Conforme os pensamentos de Marx a história humana dividi – se em 5 modos de produção:

• Modo de Produção Primitivo: Não possui um Estado. Existente em sociedades tribais, onde há escravidão.

• Modo de Produção Antigo: Possui Estado. Há propriedades e escravos.

• Modo de Produção Asiático: Possui um Estado centralizador, que possui o pode. Subordinação de todos os trabalhadores ao estado.

• Modo de Produção Feudal: Possui uma Descentralização. Existe a servidão, onde os homens são livres, mas pagam tributos aos nobres e à Igreja.

• Modo de Produção Capitalista: Possui Estado. Existe propriedade privada e trabalho assalariado.

O Estado é considerado essencialmente como instrumento da dominação de uma classe onde ele é o Reino da força de um determinada grupo sobre os demais.

Com base em suas idéias podemos afirmar que cada sociedade possui uma formação social, pois cada formação social possui dentro de si diferentes modos de produção.

De acordo com Karl Marx em cada país existe uma formação social que é produzida ao longo do tempo de acordo com suas influências passadas - idéias colonizadoras, diferença entre povos e raças,

conceitos religiosos e não há como transformar totalmente uma sociedade de uma hora para outra, por mais que se tente implantar novos conceitos, os anteriores não serão apagados, mas amadurecidos.

Para Marx o socialismo seria uma continuação do capitalismo, que acontecerá quando o capitalismo atingir seu grau de maturidade.

No capitalismo vemos a idéia de relação de produção e forças produtivas. A condição de existência de todas as classes industriais era a de conservar inalterado o antigo modo de produção, mas com o capitalismo tudo mudou, a burguesia não existe sem transformar
constantemente os instrumentos e as relações sociais.

Em menos de um século a burguesia criou forças produtivas mais maciças e colossais do que as que haviam sido criadas por todas as gerações do passado em conjunto.

A burguesia cria incessantemente meios de produção mais poderosos, mas as relações de propriedade e distribuição de renda, não se transformam no mesmo ritmo. O regime capitalista é capaz de produzir cada vez mais e a miséria continua sendo a sorte da maioria.

Em vez de o crescimento dos meios de produção se traduzirem pela elevação do nível dos trabalhadores leva a um duplo processo de proletarização e pauperização.

As forças produtivas estão ligadas ao trabalhador, a matéria-prima, a técnica e ao produto final. Ainda estão ligadas as forças produtivas a Teologia Praxiológica.

Práxis é o homem x natureza, é uma prática transformadora, pois quando um homem transforma a natureza transforma também a si próprio como os capitalistas que estão sempre buscando formas mais eficazes de produção afetando assim o meio em que vive.

Correlativamente com a relação de produção e forças produtivas encontra-se a idéia das lutas de classe. A primeira idéia decisiva de Marx é que a história humana se caracteriza pela luta de grupos que chamamos classes sociais.

Dentro da contradição entre forças de classes e relações de produção é fácil introduzir a luta de classes, uma classe está associada às antigas relações de produção, que são obstáculos para o desenvolvimento das forças produtivas, enquanto a outra classe é progressiva, representa
novas relações de produção que favorecerão ao máximo o desenvolvimento das forças produtivas.

Marx não nega a existência de muitos grupos intermediários entre o regime capitalista e os proletários, mais afirma que à medida que o regime capitalista evolui, haverá uma tendência para a cristalização das relações sociais desses dois grupos e que um dia todos terão que se alinhar a um deles.

Para Marx ainda, o poder político é a expressão dos conflitos sociais pelo qual a classe dominante e exploradora, mantém seu domínio e sua exploração, e a supressão das contradições de classe deve levar ao desaparecimento da política e do Estado.

Em toda sociedade podemos distinguir a base econômica, ou infra -estrutura, e a superestrutura. A primeira é constituída essencialmente pelas forças e pelas relações de produção; na segunda (superestrutura) figuram as instituições jurídicas e políticas, bem como os modos de pensar, as ideologias, as filosofias. Porem os limites precisos da infra-estrutura e da superestrutura tem levado a discussões infindáveis.

Enviado por Lílian



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