terça-feira, 30 de setembro de 2008

Resumo de Marx



Karl Marx
Karl Marx, pensador da sociedade e da história, explica a história das sociedades humanas, em todas as épocas, através dos fatos materiais, essencialmente econômicos e técnicos. Buscando, assim, explicações aos modos de produção, formação social, relação de produção e forças produtivas, infra estrutura e super estrutura, divisão social do trabalho, definição do Estado, luta de classes sociais, entre outros.
No pensamento marxista os modos de produção são baseados na “totalidade” , onde aspectos econômicos, políticos e ideológicos é visto com um Toto, não fragmentado. Ele é o conceito explicativo de sociedade, que é o somatório da infra estrutura econômica e da superestrutura política e ideológica.
Marx distingue as etapas da historia humana a partir dos modos de produção. Determina cinco modos de produção existentes: o modo de produção primitivo, caracterizado pelas sociedades tribais sem Estado, apresentando relações de escravidão, como por exemplo, os índios; o modo de produção antigo, caracterizado pela presença de escravos, propriedade e Estado, como por exemplo, Roma e Grécia antiga; o modo de produção asiático, caracterizado, pelo Estado centralizador, onde a propriedade está sob o controle do Estado, também apresenta relações escravistas, como por exemplo, Russia e China; o modod de produção feudal, caracterizado pelo regime de descentralização administrativa e de servidão, o homem é livre, porém paga tributos aos nobres e à igreja, como por exemplo, Inglaterra e Alemanha no período da idade média; e o modo de produção capitalista, tendo como principal característica a propriedade privada e a existência de Estado. Por fim, Marx percebe o modo de produção comunista, onde não há Estado, nem divisão do trabalho, a qual ele não viveu, não presenciou, não conheceu e nunca existiu no mundo.
De acordo com Marx chamamos de formação social ao qualificar, analisar uma sociedade específica, pois cada formação social tem dentro de si diferentes modos de produção, ou seja, cada sociedade é definida como uma formação social específica que carrega consigo diferentes modos de produção que não são evolutivos.
Segundo o livro “As etapas do pensamento Sociológico”, as forças de produção são essencialmente a capacidade de certa sociedade de produzir; capacidade que é função dos conhecimentos científicos, do aparelhamento técnico, da própria organização do trabalho coletivo. As relações de produção parecem caracterizada essencialmente pelas relações de propriedade, portanto não se confundem. Podem incluir também a distribuição da renda nacional. As relações de produção e as forças produtivas representam uma das formas da contradição característica da sociedade capitalista, que cria incessantemente meios de produção mais poderosos. Com isso, aumentou a produção cada vez mais, porém as relações de produção, as relações de propriedade e a distribuição de rendas, não se transformam no mesmo ritmo, ocasionando o aumento das riquezas e a miséria crescente da maioria.
Em toda sociedade pode se perceber a infra estrutura e a superestrutura. A infra-estrutura é a força de produção, conjunto do equipamento técnico anexado aos conhecimentos científicos e a organização do trabalho, e superestrutura simboliza as instituições jurídicas e políticas, as ideologias e as filosofias (modo de pensar). EM outras palavras, a sociedade é comparada a um edifício no qual as fundações, a infra estrutura, seriam representadas pelas forças econômicas, enquanto os edifícios em si, a superestrutura, representaria as idéias, costumes, instituições (políticas, religiosas, jurídicas, etc.)
Para Marx a divisão do trabalho é uma pratica transformadora, desde que o homem é homem ele tem transformado a natureza ao seu redor como a si própria. As formigas e as abelhas têm divisão social do trabalho, tanto no formigueiro como na colméia. Essas divisões permanecem as mesmas desde suas origens e até hoje não houve mudanças nesse sistema, cada qual com sua função permanente. Mas o homem na medida em que transforma a natureza, muda a si próprio, havendo então um feedback. Além da sociedade se reproduzir, ela também sofre mudanças, transformações com o tempo, tornando cada vez mais complexa a divisão social do trabalho. Por exemplo, na Idade Média as pessoas trabalham em casa( artesãos) n a modernidade elas começam a sair de casa para trabalhar em fábricas e industrias, com horários e turnos de trabalho estipulados, sendo controlados pela produtividade.
Marx inaugura uma nova reflexão à qual ela não está preocupada com as formas de governo e na questão da limitação dos poderes. Ele tatá o poder em três instancias: econômico, político e ideológico; instituídos na pratica da sociedade. Para ele Estado se define como “Reino da Força”, o exercício da força de um grupo ou de uma classe social sobre os demais, inexistindo Estado pra todos. Ele seria uma expressão de uma vontade particular de uma classe social dominante. È o autor quem vai ao encontro de varias correntes de pensamento anti-estatais do sec. XIX, à questão não é construir o Estado, mas como ele vai acabar.
Para Marx, os trabalhadores estariam dominados pela ideologia da classe dominante, ou seja, das idéias que elas têm do mundo e da sociedade seria as mesmas idéias que a burguesia espalha. O capitalismo seria atingido por crises econômicas porque ele se tornou o impedimento para o desenvolvimento das forças produtivas.
Seria um absurdo que a sociedade inteira se dedica se a trabalhar e a produzir subordinada a um punhado de grandes empresários. Para Marx, quanto mais o mundo se unifica economicamente, mais ele necessita de socialismo. Não basta existir uma crise econômica para que haja uma resolução. O decisivo são as ações das classes sociais que em todas as sociedades em que a propriedade é privada existem lutas de classes (senhores x escravos, nobres feudais x servos, burgueses x proletariados). A luta do proletariado do capitalismo não deveria se limitar à luta dos sindicatos por melhores salários e condições de vida. Ela deveria também ser luta ideológica para que o socialismo fosse conhecido pelos trabalhadores e assumido como luta política pela tomada do poder. Neste campo, o proletariado deveria contar com uma arma fundamental, o partido política, o partido político revolucionário que tivesse uma estrutura democrática e que buscasse educar os trabalhadores e levá-los a se organizar para tomar o poder por meio de uma revolução socialista.
Bibliografia:
Resumo enviado por Ederson , João Carlos e Fabrício.
Considerado pelo Prof. Motta como um resumo muito bom.



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